"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Indígenas aguardam encontro com Evo Morales


Depois de 65 dias de marcha, milhares militantes de organizações do movimento indígena que se opõem à construção de uma estrada se reunirão nesta quinta-feira (20) com o presidente Evo Morales. Na chegada a La Paz, nesta quarta-feira (19), os indígenas foram recepcionados por centenas de pessoas e, nesse momento, estão concentrados na Plaza Murillo, na região central da cidade. 
Segundo o presidente da Confederação de Povos Indígenas da Bolívia (Cidob), Adolfo Chávez, os marchantes "não regressarão a Tipnis sem levar uma lei que proíba construir esse caminho".
Desde 15 de agosto, cerca de duas mil pessoas marcham em protesto contra construção de estrada na região de San Ignacio de Moxos (Beni) e Villa Tunari (Cochabamba), que passa pela reserva de Tipnis (Território Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure), de 1,2 milhão de hectares, ao lado do território brasileiro. De acordo com o plano, o percurso é de aproximadamente 300 quilômetros, a um custo aproximado de 415 milhões de dólares, dos quais 332 milhões (80%) são financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As autoridades bolivianas defendem a obra e alegam que a rodovia é estratégica para o desenvolvimento do país. As organizações, no entanto, afirmam que a obra favorece grupos econômicos e causará um enorme dano ambiental na região.
Para o ministro de Comunicação Social, Iván Canelas, "a convocatória do presidente é uma clara mostra da vontade do governo de iniciar o diálogo para debater e buscar soluções para as demandas".

Repressão
No dia 25 de setembro, a violenta repressão policial a uma manifestação do movimento indígena contrário à construção da estrada causou protestos e críticas ao governo por parte de vários movimentos sociais. 
Na ocasião, Morales garantiu punição aos culpados e suspendeu as obras da estrada até que uma consulta nacional, centrada nos departamentos de Beni e Cochabamba, se pronuncie por sua continuidade.
A violência da polícia contra os manifestantes levou ainda à renúncia de quatro autoridades do governo boliviano - a ministra de Defesa, Cecília Chacón; a diretora geral de Migração, María René Quiroga; o vice-ministro do Interior, Marcos Farfán; e o ministro de Governo, Sacha Llorenti.

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