"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

”Queremos trabalhar, Kassab não quer deixar” - Camelôs se revoltam contra repressão de Gilberto Kassab em São Paulo


Desde o início deste ano a prefeitura de São Paulo, comandada pelo mini ditador Gilberto Kassab, lançou uma verdadeira cruzada contra os camelôs do Brás. Depois de desmantelar diversas concentrações onde os ambulantes trabalhavam este foi o principal alvo da sua política repressiva.
Esta ofensiva contra os ambulantes do Brás ocorre por dois motivos principais. Em primeiro lugar, a área passou a ser a maior concentração de camelôs da cidade após o desmantelamento de boa parte do comércio popular da região da 25 de Março. Em segundo lugar, está previsto para aquela região a construção de uma série de empreendimentos que formam o chamado Circuito das Compras. O projeto prevê a construção de um grande shopping center e hotéis que, para serem colocados em prática, exigem a retirada destes camelôs do local.
Trata-se da política do governo direitista de Kassab de “limpeza social”, onde a população é atacada e cada vez mais excluída da região central para dar lugar aos grandes capitalistas e setores da pequena burguesia.
Neste sentido, os acontecimentos da madrugada do dia 25 são uma importante manifestação de revolta popular contra esta política.
Os camelôs do Brás, impedidos de trabalhar tanto nos galpões da Feira da Madrugada como nas imediações da rua Oriente, saíram protestando. Aos gritos “Queremos trabalhar, mas o Kassab não quer deixar” tentaram fechar a Feira da Madrugada em protesto contra a prefeitura. No meio do caminho, ao se depararem com a repressão policial, se defenderam como podiam arremessando pedras nos policiais e outros objetos que encontraram no caminho. Um carro foi queimado e usado como barricada pelos camelôs, uma mostra da disposição de luta destes trabalhadores.
Há dois meses, Kassab expulsou mais de quatro mil dos cerca de oito mil camelôs que trabalhavam na Feira da Madrugada, abrindo caminho para o fim definitivo da Feira.
Neste sentido, a manifestação é uma importante revolta contra esta política de segregação social que tem os camelôs como um dos seus principais alvos. É preciso apoiar os camelôs, pois a vitória deste setor será um fato importante para barrar esta ofensiva da direita contra toda a população da cidade de São Paulo.

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