"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

sábado, 25 de setembro de 2010

EUA, Europa e Japão... por todos os lados a crise que se anunciava como superada vai dando sinais de enorme vitalidade

No último 22, foi divulgado resultado da pesquisa Bloomberg Global Poll, realizada pela Bloomberg, cujo objetivo era traçar um mapa de atuação dos investidores em todo o mundo.

O resultado do estudo, que surpreendeu a muitos, indicou que no mês de setembro, os investidores vêem maiores perspectivas de investimento no Brasil, Índia e China do que nos Estados Unidos, maior potência capitalista do globo.

Tais números confirmam a completa paralisia da economia dos EUA, e sua incapacidade de contornar o avanço da crise econômica internacional.

Não apenas isso, revela também que a atual política praticada pelo governo Lula e demais países do BRIC, tem como objetivo primordial abrir, custe o que custar, novas oportunidades de negócios para capitalistas estrangeiros, os quais movimentam seus capitais em função de condições de maior lucratividade na jogatina financeira instalada no mercado mundial.

A pesquisa se baseou nas respostas de 1.408 investidores, analistas e corretores de bolsa.

Um dos entrevistados, Eric Kraus, estrategista da Otkritie Broquerage House em Moscou, afirmou ser da opinião que a economia dos Estados Unidos "é obviamente insustentável, e a tentativa coordenada de pôr fim às dúvidas vem tendo cada vez menos resultado no exterior". E completou ainda, "pode-se retardar, mas não impedir as conseqüências de uma bolha de crédito de muitas décadas."

Outro dos entrevistados, o trader Thomas Knudsen, funcionário da OW Supply & Trading em Copenhague, mais iludido, mas ainda assim realista diante da situação atual, considera que "os Estados Unidos entrarão nos trilhos, mas não nos próximos 6 a 12 meses".

Um dos depoimentos mais significativos, no entanto, veio do presidente da Selzer & Co. J. Ann Selzer, que considera que atualmente "existem nuvens negras no céu, mas o pior ainda está longe".

27 bilhões em fuga na Zona do euro

Para comprovar as tendências totalmente desfavoráveis para a economia capitalista mundial, o Banco Central Europeu anunciou novos números sobre a economia dos países mais ricos do velho continente.

Segundo o novo relatório, os investidores retiraram um montante de cerca de 27,4 bilhões de euros dos mercados de ações na zona do euro.

A cifra é um retrato das expectativas atuais de todo um grupo de poderosos capitalistas que já não acreditam mais na possibilidade de qualquer recuperação no curto prazo. O receio de uma iminente nova onda de quebras na Europa se reflete na transferência de recursos dos países da zona do euro para outros mercados potencialmente mais lucrativos neste momento. Esses abutres financeiros parasitaram os bancos centrais europeus e, agora, sugado o sangue da vítima, preparam-se para correr.

Banco Central japonês vai intervir para desvalorizar iene

O governo japonês anunciou que está seriamente preocupado com a valorização da moeda japonesa frente ao dólar. A cotação do iene está a mais alta dos últimos 15 anos, segundo dados do próprio Ministério das Finanças.

Um dólar chegou a ser cotado em 84,36 ienes, o maior valor desde 1995. Esta alta sem controle do iene coloca em risco as exportações japonesas para os Estados Unidos, principal comprador dos produtos japoneses. O mercado norte-americano compra quase 30% da produção japonesa. As exportações são a principal fonte de renda do Japão que com a crise econômica dependem ainda mais deste setor.

O Banco Central japonês vai intervir diretamente no cambio para controlar a valorização da moeda japonesa. Os detalhes sobre esta intervenção não foram divulgados, mas espera-se que o valor caia, pois a alta desenfreada do iene pode colocar a economia do País em um estado de recessão profunda.

Reino Unido tem mais de 3% de inflação em agosto

Segundo o Banco da Inglaterra, a inflação da economia inglesa manteve-se inalterada no mês de agosto. Os preços subiram 0,5% segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor). No mês de agosto, a inflação registrou 3,1%, valor alto para os padrões britânicos. Os analistas esperavam uma inflação de 2% para o mês passado.

Este é um reflexo direto da crise econômica que provocou uma queda na produção industrial de toda a zona do euro.

Com este resultado haverá um agravamento natural da produção industrial inglesa que já está bastante debilitada devido aos efeitos da crise.

O Reino Unido tem mais de 2,5 milhões de desempregados e um custo altíssimo com o pagamento de seguro-desemprego para cerca de 1,5 milhão e meio de trabalhadores. A tendência é que a crise se agrave ainda mais no País arrastando toda a economia européia.

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